Título: A alternativa.
Classificação: +14.
Gênero: Drama.
Sinopse: Quando Maggie é mordida por um
zumbi, o sacrifício parece ser a única saída. A menos que Glenn encontre uma
alternativa.
A
Alternativa
A
Alternativa
– Não! – disse Glenn.
– Sim! –
insistiu Maggie.
– Não!
– É preciso!
Glenn jamais faria
aquilo com Maggie. Preferia morrer a sacrificá-la assim, como um cão raivoso. “Deve
haver um jeito!” pensava ele. Lembrou-se de Hershel, e considerou a
possibilidade de amputação. A mordida era na coxa, não atingira órgão vital
algum. Mas como amputar uma perna ali, no meio de um bosque, sem ferramentas
adequadas nem anestesia? Precisava procurar ajuda, e rápido. Mas não poderia
correr tão depressa se carregasse Maggie consigo, então a acorrentou à árvore
mais grossa que encontrou, checou as coordenadas do local no GPS para poder
achar o caminho de volta, beijou Maggie e começou a correr.
Algumas milhas
adiante encontrou uma estrada e a seguiu caminhando até vislumbrar um rio, onde
parou exausto para beber água. Já estava terminando de encher seu cantil quando
ouviu um ronco de motor. Voltou à estrada e viu duas motos chegando,
desacelerando e finalmente parando diante dele. Olhou para os motoqueiros, um
careca e o outro barbudo, e perguntou:
– Quem são
vocês?
– Meu nome é
James Wilson, e esse é meu amigo Gregory House. E você?
– Eu sou Glenn
Rhree, e preciso de ajuda! Algum de vocês é médico?
– Sim! Somos
ambos médicos. Eu sou oncologista e House é...
– Espera aí! –
interrompeu Glenn, só então ligando o nome à pessoa – Você é o Dr. House? Você
é O Dr. House!? – aquele encontro inesperado com o renomado médico acendeu uma
nova luz no fim do túnel. Se House era tão bom como diziam, talvez pudesse
achar uma cura para Maggie. Não, a amputação não era a única alternativa. – Mas...
você está morto! Li em todos os jornais! Num incêndio...
– Sim, estou! Eu
sou um zumbi.
Glenn não sabia
o que dizer. Não estava habituado às tiradas de House. Olhou para Dr. Wilson, o
careca, e pediu uma carona até a árvore onde ele deixara Maggie.
Chegando lá,
começaram a debater sobre o que fazer com a paciente. Glenn adoraria uma cura,
mas sabia que o tempo era curto, então se contentava com uma amputação.
– Não há tempo,
– prognosticou House – já se alastrou pelo resto do corpo. Chegamos tarde
demais.
Glenn não queria
acreditar que correra tanto para nada.
– Só nos resta
sacrificá-la.
– Não! –
discordou Glenn – Deve haver um jeito! Você é o lendário Dr. House! Pode achar
uma cura! Você precisa achar uma cura! – dizia implorando ajoelhado.
– Não, Glenn...
não há cura para o mal do zumbi – disse Wilson.
Mas Glenn foi
irredutível. Jamais sacrificaria Maggie. Preferia morrer.
– Então morra! –
disse House antes de ir embora, seguido de perto por Wilson, que censurava sua
indelicadeza.
– Não levamos um
cão raivoso para passear no parque. – defendeu-se House – Nós o sacrificamos e
seguimos em frente!
– Maggie não é
um cachorro... – dizia Wilson quando começou a sentir náusea, sintoma do câncer
que se espalhava. Apoiou-se numa árvore e vomitou no chão.
– Ela é um
zumbi! O que você sugere?
– Estou bem,
obrigado por perguntar – respondeu Wilson, já acostumado com essa indiferença
do amigo.
– Você sabe o
que aconteceu com o último que tentou domesticar zumbis?
– Eu concordo
com você, House! Precisamos sacrificá-la! – gritou Wilson depois de limpar a
boca na manga da jaqueta – Não estou pedindo para jogar um frisbee pra ela! Mas o que é que custa ter um pouco mais de tato
com os... – parou Wilson ao reconhecer no rosto de House mais uma de suas
epifanias.
– Um frisbee...
House voltou
aonde estavam Glenn e Maggie, deixando Wilson para trás. Ao ver o médico
chegando, Glenn levantou-se sobressaltado e pegou um pedaço de pau, achando que
ele vinha para matar sua amada. Só saiu da defensiva quando ouviu a pergunta:
– Você quer uma
cura?
House estava
terminando de explicar ao casal como aquela doença medonha afetava o corpo
humano quando Wilson o alcançou. Até ali, nenhuma novidade, pois o Dr. Jenner
já sabia de tudo aquilo.
– Entendi. Mas e
a cura? – perguntou Glenn.
– Muito simples!
– respondeu House – basta...
De súbito, o
brilhante médico levou um tiro na cabeça e morreu.
– Nãããooo! –
gritaram Wilson e Glenn.
Pouco depois
chegou Carl, correndo com sua arma ainda quente na mão:
– Vocês estão
bem?
– Bem!? – gritou
Glenn morrendo de raiva – Bem!? Você acaba de matar o Dr. House! Você sabe quem
era o Dr. House? Ele era simplesmente O médico!
– Ah... – disse
Carl arrependido – foi mal... eu não
sabia...
– Foi mal!? Foi
mal!? O cara tinha acabado de achar uma cura para o mal do zumbi!
Carl deu um
sorriso de orelha a orelha, e perguntou:
– Quer dizer que
esse pesadelo está acabando? Que agora tudo pode voltar a ser como antes? Que
finalmente vamos...
– Não! Nada vai
voltar a ser como antes! Sabe por quê? Porque você estourou os miolos do cara
antes de ele revelar a cura, seu desgraçado!
– Ah... – gelou
Carl, finalmente compreendendo a dimensão do estrago que fizera – mas... mas
também como é que eu ia adivinhar!? O cara mancava feito um zumbi!
Aos prantos
Wilson tentava em vão socorrer o amigo, enquanto Glenn berrava correndo atrás
de Carl, que fugia entre as árvores, mas sempre em círculos, para não se
distanciar muito do médico. Se Glenn o ferisse, Carl precisaria da ajuda de
alguém, e os únicos por perto eram a zumbi acorrentada e o Dr. Wilson.
E foi assim que
o Dr. House quase salvou o mundo.
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Contos
Sou o cara que brinca de ser escritor e se diverte em ser leitor. Apaixonado por livros, fotografia e escrever. Jogador de rpg nos domingos livres, colecionador de Action Figures e Edições Limitadas de jogos. Cinéfilo, amante de series e animes. Estou sempre em busca de conhecer novas pessoas e aprender com cada uma delas e por último, mas não menos importante: um lendário sonhador.
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Nossa, tadinha da Megg. Mas a fanfic ficou muito boa. Parabéns, Nilo.
ResponderExcluirValeu, mas eu não teria conseguido sem o Luciano. Ele é praticamente co-autor.
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