Ficha técnica:
Referência
bibliográfica: RILEY, Lucinda. A Garota Italiana. 1ª edição. São
Paulo, Arqueiro, 2016. Tradução: Fernanda Abreu. 464 páginas.
Gênero:
Romance, Drama
Temas:
ópera, música, traição, religião
Categoria:
Literatura Estrangeira; Literatura Irlandesa
Ano de lançamento:
2014 na Irlanda e 2016 no Brasil
“O amor é uma
espécie de vício. É preciso suportar um período de abstinência e não se punir
por de vez em quando pensar que nunca vai passar.”
A Garota Italiana (pág 300)
Aos onze anos de idade, Rosanna Menici conhece o
cantor Roberto Rossini, uma estrela em ascensão no mundo da ópera italiana - e
o homem que mudaria sua vida para sempre. Incentivada - e apaixonada - por ele,
Rosanna passa a se dedicar ao estudo do canto lírico, torna-se cantora
profissional, e logo os dois se encontram nas salas de concerto mais famosas do
mundo, dividindo não só o palco como também o mesmo destino.
Queridos leitores, quando eu decido qual livro ler,
levo em consideração três quesitos: a sinopse, a pontuação deste livro no Skoob
(nota acima de 4) e a capa. Ok, podem me julgar. Mas, mesmo que fale que não
podemos julgar um livro pela capa eu sempre a levo em consideração. Então,
quando escolhi ler este livro, eu ponderei muito esses quesitos. Mas,
infelizmente, decepcionei-me muito com ele. Pensa em um livro que tive muita
dificuldade para terminar.
A história começa com a nossa protagonista, Rosanna
Menici, escrevendo uma carta para seu filho Nico, em 1996. Então, o desenrolar
da história gira como se ela explicasse para o filho alguns fatos da vida dela.
Aos 11 anos a Rosanna se apaixona por Roberto em um
evento que a família dela deu para comemorar o casamento dos pais dele, na
Itália, em 1966. Porém, ele já era um cantor de ópera com 28 anos. Ele a
escutou cantar na festa e ficou encantado com a voz da garota. Então, sugeriu
ao pai, Marco, e ao irmão, Luca, que a colocassem em uma aula de canto, para
desenvolver melhor a sua voz.
Os pais dela não acreditavam que mulher poderia ter
sucesso, mas que deveria se casar e ser uma ótima dona de casa e esposa. Já o
irmão Luca, que trabalhava na cantina dos pais, achou que deveria investir no
talento da irmã, além de ser uma das coisas que ela mais gostava de fazer.
Então, a metade do seu salário ia para pagar as aulas de canto dela.
Ao longo dos anos, ela se dedicou intensamente às
aulas, e por conta disso conseguiu uma bolsa de estudos na escola de música da
Scala de Milão. Ela evoluiu muito, enquanto o Roberto se transformou em homem
famoso, mimado, egoísta e conquistador. Ele ficava com várias mulheres,
inclusive com as que eram casadas.
Quando ela entrou para a escola de música eles
passaram a se encontrar mais, e ela percebeu que sua paixonite da infância
nunca terminou. E para a infelicidade da Rosanna, ele se envolveu até com sua
melhor amiga, Abi. O cara era um destruidor de corações.
Após ela fazer sua grande estreia no Scala, eles
viajaram para Londres, para se apresentarem juntos. Então, eles ficaram juntos
e o Roberto a pediu em casamento, pois ela era a “primeira” mulher que ele amou.
Porém, amigos, como dizia minha amada vozinha, “pau
que nasce torto nunca se endireita”. E foi isso que aconteceu. Depois de algum
tempo casados, ela descobre que ele a traiu. Daí você pensa “nossa, agora ela
larga esse traste”. No início, até que ela foi firme, contudo você percebe que
o que ela quer mesmo é perdoar e esquecer tudo.
Confesso que o livro me decepcionou muito. Esperava
que tivesse mais “ação”, mas não. É como se não tivesse nenhuma evolução na
história. Fica sempre na mesma coisa. A Rosanna é chata e o Roberto é um
cretino. E fica sempre nisso, no mesmo círculo. Como no livro a autora alterna
os personagens, então observamos, também, a vida dos outros, como foi o caso do
Luca, um dos poucos personagens de que gostei. Porém, mesmo assim achei
entediante.
O lado positivo é que a autora trabalhou bem a questão
do universo da ópera, então quem gosta do tema pode achar
interessante. Gostei também de um impresso que veio dentro do livro que imita
aqueles “guias de ópera” que são entregues no dia das apresentações (imagem ao
lado), para fazer o download, clique aqui.
Dentro do guia tem uma nota da autora sobre o livro, como achei interessante, então vou colar aqui: “a história de Rosanna e Roberto foi escrita há 17 anos. Em 1996, ela foi publicada com o título Ária sob meu antigo ‘pseudônimo’, Lucinda Edmonds. No ano passado, alguns de meus editores perguntaram sobre meus primeiros livros. Eu lhes disse que todos estavam fora de catálogo, mas mesmo assim eles quiseram ver alguns. Lá fui eu então até o sótão da minha casa desencavar os oito romances escritos anos antes. Apesar de estarem cobertos de teias de aranha e com cheiro de mofo, eu os enviei aos editores, explicando que era muito jovem na época e entendia perfeitamente se preferissem jogar tudo no lixo. Para minha surpresa, a reação foi bastante positiva, e eles me perguntaram se eu gostaria de relançar os livros. Isso significava que eu tinha de começar a relê-los e, como qualquer autor que revisita trabalhos do passado, foi com grande apreensão que abri a primeira página de Ária. Tive uma estranha experiência de leitura: como não me lembrava muito bem da história, fui fisgada como qualquer leitor e comecei a virar as páginas cada vez mais depressa para descobrir o que aconteceria depois. Senti que o livro precisava de um pouco de atualização e reedição, mas a história e os personagens estavam lá. Assim, pus mãos à obra por algumas semanas, e o resultado final é A garota italiana. Espero que vocês gostem.”
A Lucinda Riley nasceu na
Irlanda e, durante a infância, viajou muito, sobretudo para o Extremo Oriente,
para visitar o pai. Radicada em Londres, foi atriz de teatro, cinema e
televisão. Aos 24 anos, publicou seu primeiro livro, baseado em suas
experiências com a dramaturgia. Sua paixão pelo tema a levou a escrever vários
romances históricos que alcançaram os primeiros lugares das listas de mais
vendidos. Atualmente vive entre a costa britânica e o Sul da França com o
marido e os quatro filhos. Dela, a Editora Arqueiro já publicou "A garota
italiana" e os três primeiros volumes da série "As Sete Irmãs". Suas obras já
foram traduzidas para 32 idiomas e alcançaram as listas de mais vendidos do
prestigioso Sunday Times
Por fim, ressalto que o
livro possui 54 capítulos e é narrado em primeira pessoa, pelos pontos de vista
de vários personagens. A narrativa é intercalada entre o passado e o presente.
Bibliografia de LUCINDA RILEY
(ordem cronológica):
Livros:
●
A Luz Através da Janela– Novo Conceito (2012)
●
A Casa das Orquídeas – Novo Conceito (2012)
●
A Garota do Penhasco – Novo Conceito (2013)
●
A Rosa da Meia-Noite – Novo Conceito (2014)
●
A Garota Italiana – Arqueiro (2016)
●
As sete irmãs - Arqueiro (2016)
●
A irmã da tempestade - Arqueiro (2016)
Categorias:
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Lucinda Riley•
Resenhas
Vivo, sonho e respiro a literatura, seja ela nacional ou internacional. O que importa mesmo é viver.
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Oi! Tenho ouvido flar mto da escrita da Lucinda Riley, tenho mta vontade de conhecer mais de perto, inclusive essa obra dela q tenho acompanhado resenhas, adorei!
ResponderExcluirBjs!
Olá, Aline, acabei de ler o primeiro livro da série "As sete irmãs" e foi bem melhor do que "A garota italiana" ;)
ExcluirEstou muito curiosa sobre este livro!
ResponderExcluirVi ele em vários lugares e nunca vi nenhuma resenha!
Mas a sua me atraiu!
Falam muito sobre ele e eu gostei da sinopse!
Valeu a dica!
Olá, Rita, que bom! Espero que você goste ;)
ExcluirGabi!
ResponderExcluirduas grandes paixões minhas estão nesse livro: ópera e a autora, sou fascinada pelos livros dela, sempre bem escritos, mostrando passado e presente e no final, dando um final crível e fechadinho.
Quero ler.
“É melhor saber coisas inúteis do que não saber nada.” (Sêneca)
cheirinhos
Rudy
http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
TOP Comentarista de NOVEMBRO com 3 livros + BRINDES e 3 ganhadores, participem!
Olá, Rudynalva, gostei muito da escrita da autora também ;)
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