RESENHA – As sete irmãs: a história de Maia (Lucinda Riley)


Lucinda RileyFicha técnica:
Referência bibliográfica: RILEY, Lucinda. As sete irmãs: a história de Maia. 1ª edição. São Paulo, Arqueiro, 2016. Tradução: Viviane Diniz. 480 páginas.
Gênero: Romance, Drama
Temas: Adoção, brigas familiares, mitologia
Categoria: Literatura Estrangeira; Literatura Irlandesa
Ano de lançamento: 2014 na Irlanda e 2016 no Brasil
Série: As sete irmãs: a história de Maia (Livro 1), A irmã da tempestade: A história de Ally (Livro 2) e A irmã da sombra: A história de Estrela (Livro 3)

“O amor não conhece a distância; não tem continente; Seus olhos são para as estrelas.”
As sete irmãs: a história de Maia (pág 471)


Filha mais velha do enigmático Pa Salt, Maia D’Aplièse sempre levou uma vida calma e confortável na isolada casa da família às margens do lago Léman, na Suíça. Ao receber a notícia de que seu pai – que adotou Maia e suas cinco irmãs em recantos distantes do mundo – morreu, ela vê seu universo de segurança desaparecer. Antes de partir, no entanto, Pa Salt deixou para as seis filhas dicas sobre o passado de cada uma. Abalada pela morte do pai e pelo reaparecimento súbito de um antigo namorado, Maia decide seguir as pistas de sua verdadeira origem – uma carta, coordenadas geográficas e um ladrilho de pedra-sabão –, que a fazem viajar para o Rio de Janeiro. Lá ela se envolve com a atmosfera sensual da cidade e descobre que sua vida está ligada a uma comovente e trágica história de amor que teve como cenário a Paris da belle époque e a construção do Cristo Redentor. E, enquanto investiga seus ancestrais, Maia tem a chance de enfrentar os erros do passado – e, quem sabe, se entregar a um novo amor.
Queridos leitores, iniciei a leitura deste livro com uma baixa expectativa. Tendo em vista que o livro “A garota italiana” (clique aqui para ler a resenha), da mesma autora, havia me desanimado muito. Porém, fui surpreendida com o que a autora apresentou. Não posso dizer que é um dos meus livros favoritos, mas gostei bastante.
A história se inicia com a morte do Pa Salt, um homem bilionário e misterioso. Ele adotou seis filhas, todas de lugares diferentes do mundo. Os nomes que ele escolheu para cada uma se baseou na mitologia das “Sete Irmãs” das Plêiades, constelação próxima ao famoso cinturão de Órion (para saber mais sobre a mitologia, clique aqui). Porém, a última filha, que completaria a sétima, ele nunca adotou. Acredito que este ponto ainda será explicado nos próximos livros da série. Abaixo têm os nomes das personagens, que a autora apresenta antes de iniciar o livro:
     Maia – filha mais velha
     Alcíone – apelidada de Ally
     Astérope – apelidada de Estrela
     Celeno – apelidada de Ceci
     Taígeta – apelidada de Tiggy
     Electra
     Mérope – filha não encontrada

Quando o Pa Salt morreu, ele deixou para as filhas uma esfera armilar, que antigamente os gregos usavam para determinar as posições das estrelas, assim como a hora do dia. Nessa esfera constava o nome de cada filha, com um dizer em grego e uma coordenada. Essa coordenada indicava a origem de cada uma. Na capa do livro tem um desenho da esfera.
Desta forma, neste primeiro livro, vamos conhecer a Maia, filha mais velha do Pa Salt. Não vou mentir. Achei-a bem chatinha. Mas, calma que eu vou explicar.
Ela traduz livros de romance do russo e do português para o francês. Das irmãs, ela é a única que ainda morava na mesma casa que o pai, na Suíça, pois todas as outras foram morar fora. Por conta de um problema que ela teve ainda na época da faculdade, a Maia se tornou uma pessoa muito fechada, com medo de viver. Porém, depois de ser procurada por um ex-namorado, pessoa que ela não queria encontrar de jeito nenhum, ela decide seguir as coordenadas do pai para saber mais sobre sua origem.
Após algumas pesquisas, ela descobriu que nasceu no Rio de Janeiro. Sim, leitores, ela é brasileira. Como o último livro que ela traduziu foi de um brasileiro, Floriano Quintelas, a Maia aproveitou para encontrar com o autor, que era historiador. Ele teve um papel importante, pois a ajudou a descobrir mais sobre a sua história.
No decorrer do livro, a Maia descobre a história da sua bisavó, Izabela Bonifácio. Essa descoberta começou com algumas cartas que ela leu que foram trocadas entre a Izabela (Bel) e sua empregada, Loen.
No livro, quando a Maia inicia a leitura das cartas, a autora nos envia para uma história paralela, contada sob o ponto de vista da Bel, que se passa no Rio de Janeiro no ano de 1927. E foi com essa história que eu me apaixonei pelo livro. Ficava vidrada a cada virada de página. Foi um grande caso de amor que ela teve com um dos artistas que ajudou na construção do Cristo Redentor.
Adorei conhecer a Bel e todos os sacrifícios que ela fez pela família. Como sou romântica, torci a todo momento que ela ficasse com seu grande amor, Laurent Brouilly. Acredito que todas as vezes que olhar para a estátua do Cristo sempre me lembrarei desta história.
A autora trabalha muito bem os fatos históricos do Rio naquela época, você se sente muito ambientado. Vale a pena a leitura. É um livro que envolve amor, perdas, mitologia, mistérios e descobertas, tudo isso em um livro só.
A Lucinda Riley nasceu na Irlanda e, durante a infância, viajou muito, sobretudo para o Extremo Oriente, para visitar o pai. Radicada em Londres, foi atriz de teatro, cinema e televisão. Aos 24 anos, publicou seu primeiro livro, baseado em suas experiências com a dramaturgia. Sua paixão pelo tema a levou a escrever vários romances históricos que alcançaram os primeiros lugares das listas de mais vendidos. A Editora Arqueiro já publicou “A garota italiana” e os três primeiros volumes da série “As Sete Irmãs”. Suas obras já foram traduzidas para 32 idiomas e alcançaram as listas de mais vendidos do prestigioso Sunday Times.
O livro possui 51 capítulos e é narrado em primeira pessoa, pelos pontos de vista da Maia, no século XXI, e pelo da Izabela, no século XX, sendo que o último capítulo é narrado pela Ally, que terá sua história contada no próximo livro da série, “A irmã da tempestade”.
Em entrevista para o site “A Crítica” (para ler a entrevista completa, clique aqui), a autora confessou ter vivenciado algo diferente em solo brasileiro. Durante a estadia na capital carioca, há quatro anos, ficou impactada com um dos principais símbolos da cidade e se rendeu à paisagem da praia de Ipanema. E foi essa mistura de emoções que a inspirou para colocar o Brasil na história. Em 2013, voltou para aprender mais sobre a história do Rio de Janeiro e da construção do Cristo Redentor. “Vi a estátua branca icônica do Cristo Redentor, iluminando-se acima de mim e meus olhos se encheram de lágrimas. Foi um grande momento. Eu viajo para tantos países e é raro que, de repente, eu sinta que preciso escrever sobre um lugar. Mas na primeira manhã que acordei no Rio e olhei para as ondas do Atlântico, sabia que queria fazer exatamente isso. O Brasil tornou-se como uma casa para mim”, enfatizou.
Então é isso, leitores. Apesar de ser uma obra de ficção, ela foi construída em torno de figuras históricas. Inclusive, a Lucinda Riley apresenta, ao final do livro, a bibliografia utilizada para a construção da história.

Bibliografia de LUCINDA RILEY (ordem cronológica):

As sete irmãs: a história de Maia

Livros:

     A Luz Através da Janela– Novo Conceito (2012)
     A Casa das Orquídeas – Novo Conceito (2012)
     A Garota do Penhasco – Novo Conceito (2013)
     A Rosa da Meia-Noite – Novo Conceito (2014)
     A Garota Italiana – Arqueiro (2016)
     As sete irmãs - Arqueiro (2016)
     A irmã da tempestade - Arqueiro (2016)
     A irmã da sombra - Arqueiro (2016)
Gabriella Crivellente da Nóbrega

Vivo, sonho e respiro a literatura, seja ela nacional ou internacional. O que importa mesmo é viver.
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Comentários
4 Comentários

4 comentários :

  1. Gabi!
    Para mim a Lucinda é uma das melhores escritoras de todos os tempos.
    Já li esse livro e viajei entre o passado e o presente da protagonista, toda a saga do pai e das irmãs e agora desejo os outros livros da série.
    Li ainda pela Editora NC, agora tenho de ir em busca dos outros livros na Arqueiro.
    “O Natal não é um momento nem uma estação, senão um estado da mente. Valorize a vida.” (Desconhecido)
    Boas Festas!
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/
    TOP Comentarista de DEZEMBRO ESPECIAL livros + BRINDES e 4 ganhadores, participem!

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    1. Olá, Rudy, gostei do livro, principalmente por conhecer o nosso Brasil pelo ponto de vista de um autor estrangeiro ;)

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  2. Oi!
    Ainda não li nada dessa autora, mas estou com o primeiro livro dessa serie para ler, acho bem interessante essa ideia de cada uma das filhas buscar a sua origem e se tiver oportunidade quero ler essa serie toda e adorei a entrevista da autora falando sobre o Brasil !!

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