Continuando com nossa
recapitulação dos prêmios de 2013, gostaríamos de citar, e parabenizar, os
ganhadores do livro do ano pelo prêmio Jabuti 2013. O resultado foi anunciado
no dia 13 de novembro, e cada um dos autores recebeu o troféu Jabuti Dourado e
o valor de R$ 35 mil pelo prêmio de livro do ano.
Os ganhadores dessa edição foram
Veríssimo e Dantas, eleitos por um júri composto por nada mais, nada menos, do
que 650 associados da Câmara Brasileira do Livro (CBL) – a organizadora do
prêmio.
Os livros eleitos Livros do Ano
foram o volume de crônicas “Diálogos Impossíveis”, de Luis Fernando Veríssimo –
ganhador do prêmio de Livro do Ano de Ficção – e “As Duas Guerras de Vlado
Herzog”, livro-reportagem de Audálio Dantas – ganhador do prêmio de Livro do
Ano de Não Ficção.
Karine Pansa, presidente da CBL, ficou bastante satisfeita
com o Prêmio Jabuti deste ano. “Tivemos muitas revelações neste Jabuti 2013 e
editoras que nunca haviam conquistado o prêmio, foram vitoriosas nesta noite”,
afirmou Karine.
E aqui estão as sinopses dos livros vencedores do Livro do
Ano:
Drácula e Batman discutem no asilo.
Robespierre tenta subornar o carrasco. Goya e Picasso conversam sob o sol da
Côte d’Azur. Juvenal planeja matar a mulher, Marinei, que o despreza. A
recém-casada Heleninha pede conselhos ao urso de pelúcia. Qual um existencialista
dotado de senso de humor, Verissimo persegue em suas crônicas o absurdo que
marca a existência humana – salvo engano, a única que se preocupa com o seu
propósito, o seu término e se alguém está falando demais na hora do pôquer. Em
nenhum momento essa maldição se torna mais evidente do que na hora em que o
homem abre a boca. Então, o que era para comunicar acaba é “estrumbicando”. Nas
crônicas reunidas neste volume, Luis Fernando Veríssimo escreve sobre
impossibilidade, incomunicabilidade e mal-entendidos. Escreve, enfim, sobre a
vida.
O ponto de partida do livro é a saga da
família Herzog em sua fuga desesperada da Iugoslávia, para longe da guerra que
despedaçava a Europa e perseguia os judeus. O pequeno Vlado viveu aí sua
primeira guerra e aprendeu dolorosas lições. A segunda travou no Brasil, país
no qual se refugiou em busca de paz. Mas foi no Brasil que sua vida lhe foi
tirada, na escuridão de uma sala de tortura, episódio que marcou a história
dessa família e da luta política no país.
Categorias:
Prêmios Literários
Batman e Drácula batendo um papinho cabeça? Taí uma coisa que gostaria muito de presenciar.
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