RESENHA – Perdão Mortal (Robin LaFevers)

Robin LaFeversFicha técnica:
Referência bibliográfica: LAFEVERS, Robin. Perdão Mortal – série “o clã das freiras assassinas”. 1ª edição. São Paulo, V&R Editora, 2015. Tradução: Edmundo Barreiros. 408 p.
Gênero: Romance, fantasia, ficção juvenil, Young Adults (YA)
Temas: aventura, mistério, guerra, religião
Categoria: Literatura Estrangeira.
Ano de lançamento: 2012 no exterior e 2015 no Brasil
Série: Perdão Mortal (Livro 1), Divina Vingança (Livro 2) e Amor Letal (Livro 3),

“As pessoas ouvem e veem aquilo que esperam ouvir e ver.”
Perdão Mortal – Livro 1. (posição 5.120 – 73% – de 7.049 – E-book via Amazon)






Aos dezessete anos, tudo o que Ismae Rienne conhecia era pobreza e homens abusivos: garotos que a atacavam com pedras, um pai violento e um pretendente repulsivo, que a comprou por três moedas de prata. Até que ela é levada para o convento de Saint Mortain, o misterioso Deus da Morte. Lá ela é treinada para se tornar uma habilidosa assassina e descobre que foi abençoada com perigosos dons pelo próprio Mortain. Para provar que merece o título de filha da Morte, Ismae parte em uma importante missão envolvendo a segurança da duquesa da Bretanha e o aniquilamento de seu traidor. Mas, ser uma serva da Morte pode não ser exatamente o que as freiras tinham ensinado no convento. Ismae vai aprender que a independência é conquistada com duras consequências, e que o destino de um país inteiro – e do único homem que ela seria capaz de amar – estão em suas mãos.
Queridos leitores, nessa história vamos conhecer a Ismae Rienne. Uma garota que, na sua infância, acreditava ser amaldiçoada por conta de um veneno que a sua mãe tomou quando ainda estava grávida dela. Ela, obviamente, sobreviveu, mas ficou com uma mancha vermelha nas costas. Todos acreditavam que ela havia sido gerada pelo santo padroeiro da morte,  Saint Mortain, considerado um dos nove deuses da Bretanha.
O seu pai a obrigou a se casar com um cara asqueroso. Após a cerimônia, ao tentar consumar o casamento, ele descobriu a “maldita” mancha. Com isso, ele bate nela e a tranca no porão. Para a sorte dela, o padre que celebrou o casamento a resgata e a leva para um convento. Ao chegar lá, a Ismae descobre que realmente possui alguns dons concedidos por Mortain, entre eles, saber quando uma pessoa vai morrer.
A abadessa explica como ela foi concebida e o motivo dela carregar os dons do santo. Além disso, esclarece qual o objetivo do convento, que é treinar mulheres geradas pelo Deus da Morte. Essas mulheres aprendem a desempenhar os seus deveres com rapidez e eficiência. Porém, para a Ismae ficar no convento, a madre superiora questionou se ela aceitaria as regras do santo, que era matar as pessoas que eram marcadas por ele. Então, ela aceitou servir ao Mortain.
Ao longo dos anos, a Ismae aprendeu como matar, ser furtiva, astuta, dominar todos os tipos de armas, manipular venenos e, principalmente, sobre o cenário político da Bretanha. Desta forma, após o sucesso da sua primeira missão, a abadessa pediu que ela matasse uma outra pessoa, que assim como a primeira, conspirou contra a duquesa da Bretanha, Anne. Ambas as missões seriam testes para saber se ela poderia, de fato, deixar de ser uma noviça para se tornar uma freira. O objetivo das missões era eliminar os traidores da duquesa.
Porém, nessa segunda missão, ela se deparou com o Gavriel Duval, um dos conselheiros mais próximos da Anne. Por causa do encontro deles, o Gavriel descobriu que a Ismae era uma das assassinas do convento que havia matado suas duas testemunhas, que seriam o ponto chave para ele descobrir quem era o traidor da duquesa. Então, ele foi ao convento para tirar satisfações com a abadessa. Após muitas discussões, ficou acordado que a Ismae o acompanharia, com o pretexto de ser apresentada à sociedade, mas para que pudesse identificar os outros traidores da corte e matá-los.
Leitores, gostei muito deste livro. A Ismae apresentou uma grande capacidade de lidar com situações inusitadas, mesmo com a sua falta de experiência fora dos portões do convento. Neste livro não espere freiras boazinhas, mas sim extremamente determinadas a cumprirem os desígnios do santo. Acho que a autora poderia ter aprofundado um pouco mais na história da nossa personagem principal, como a questão do casamento dela. Gostaria, também, que tivesse tido mais romance entre a Ismae e o Duval. Eu sei, sou romântica mesmo. Mas, fora isso, adorei a leitura. ☺
A série é uma trilogia, sendo que cada livro conta a história de uma noviça. O segundo será a história da Sybella, que conhecemos um pouquinho neste livro. Aqui a autora nos apresenta um mundo rodeado de detalhes históricos, intriga e traição.
A autora do livro, Robin LaFevers, foi criada lendo contos de fadas, a mitologia de Bulfinch e poesia do século 19. Não é de surpreender que ela tenha se tornado uma romântica incurável. Embora nunca tenha treinado como uma assassina ou se juntado a um convento, ela frequentou a escola católica por três anos, o que incutiu-lhe um profundo fascínio por rituais sagrados e o conceito do Divino. Ela está em uma busca de respostas para os mistérios da vida desde então. Embora essas respostas ainda sejam poucas, teve a sorte de encontrar seu verdadeiro amor, e está vivendo feliz para sempre com ele no sul da Califórnia. Para saber mais sobre a autora, clique aqui
O livro possui 54 capítulos, narrado de forma linear cronológica, em primeira pessoa, pelo ponto de vista da Ismae. Ressalto que tem apenas um capítulo narrado pela Pauline. Em alguns momentos a autora optou por colocar no título do capítulo os nomes dos personagens (Kaden e Rafe) e em outros o título deles (príncipe e assassino), com o objetivo de confundir o leitor sobre quem é cada personagem.
Para a alegria dos leitores, todos os livros da trilogia já foram lançados aqui no Brasil.
Perdão Mortal

Bibliografia de Robin LaFevers (ordem cronológica):


Livros:
  • Perdão Mortal – V&R (2015)
  • Divina Vingança – V&R (2016)
  • Amor Letal – Plataforma21 (2016)
Gabriella Crivellente da Nóbrega

Vivo, sonho e respiro a literatura, seja ela nacional ou internacional. O que importa mesmo é viver.
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Comentários
4 Comentários

4 comentários :

  1. Gabi!
    E quem vai imaginar que dentro de um convento existem freiras tão perversas em nome de alguma entidade?
    Fiquei foi chocada!
    Mas pelo visto o livro é carregado de muita ação e de situações inusitadas que são enfrentadas com maestria por Ismae.
    Quero ler.
    “Não pedi coisas demais para não confundir Deus que à meia-noite de ano novo está tão ocupado.” (Clarice Lispector)
    FELIZ 2017!
    cheirinhos
    Rudy
    http://rudynalva-alegriadevivereamaroquebom.blogspot.com.br/

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  2. Oi!
    Quero muito ler essa serie, gostei muito da historia desse primeiro livro e principalmente achei bem interessante essa ideia de sociedade junto com um livro de época, a personagens me conquistou e esse livro está na minha lista de leitura, assim como os outros livros dessa serie !!

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