RESENHA – Ligeiramente Perigosos (Mary Balogh)

Mary BaloghFicha técnica:
Referência bibliográfica: BALOGH, Mary. Ligeiramente Perigosos – série “Os Bedwyns”. 1ª edição. São Paulo, Arqueiro, 2017. 304 páginas. Tradução: Ana Rodrigues.
Gênero: Romance de época, ficção galesa
Temas: traição, ciúmes
Categoria: Literatura Estrangeira; Literatura Canadense
Ano de lançamento: 2004 no Canadá e 2016 no Brasil
Série: Ligeiramente casados (Livro 1), Ligeiramente maliciosos (Livro 2), Ligeiramente escandalosos(Livro 3) e Ligeiramente seduzidos (Livro 4), Ligeiramente Pecaminoso (Livro 5) e Ligeiramente Perigosos (Livro 6).




“E é claro que a palavra amor possui várias nuances, assim como tantas outras palavras nesse nosso idioma vivo e pulsante. Mas embora possamos falar de amar as rodas e de amar os filhos, nossa mente, nossa sensibilidade, claramente compreende que não é de forma alguma a mesma emoção.”.
Ligeiramente Perigosos – Livro 6. (pág. 50)

Queridos leitores, este é o último livro da série “Os Bedwyns”. Confesso que era o livro que eu estava mais ansiosa para ler, pois ele conta a história do temido duque de Bewcastle, o Wolfric Bedwyn. Quem leu os livros anteriores, pôde perceber que ele sempre demonstrou ser um cara frio e arrogante. As pessoas tinham medo de ficar próximas a ele, principalmente quando ele levava o seu monóculo ao olho e arqueava as sobrancelhas.
Como todos os irmãos do duque se casaram e, consequentemente, se mudaram da sua casa, o Wolfric passou a se sentir solitário, mas, lógico, sem demonstrar isso para ninguém. Por conta disso, ele aceitou, por impulso, um convite do seu amigo, Hector, para participar de uma festa de noivado em homenagem à irmã mais nova da Audrey. Sendo que as festividades, que durariam 2 semanas, seriam organizadas na casa de campo da Melanie (lady de Renable), a irmã mais velha do amigo.
Neste evento, ele conheceu a petulante Sra. Christine Derrick, viúva do Oscar Derrick. Ela era cunhada do visconde de Elrick, Basil, e prima da lady Renable.
A Sra Derrick era muito amiga da Melanie. Porém, depois que se tornou viúva, ela resolveu voltar a morar no campo, na casa da sua mãe, pois, mesmo quando ainda o marido era vivo, ela nunca conseguiu se encaixar no ambiente aristocrático, por conta sua personalidade. Além disso, a jovem era sempre acusada de seduzir os homens, por conta da sua beleza e da sua forma expansiva de conversar com as pessoas.
Ela era uma mulher de espírito aventureiro. Adorava se divertir com crianças e dar aulas no vilarejo em que morava. Por conta disso, ela era exatamente o oposto do que se esperava de uma dama: recato e elegância. Nos últimos anos do casamento, ela sofreu muito, pois o seu marido passou a sentir muito ciúme, inclusive, chegou a cogitar traição da parte dela.
Com a chegada do Wolfric na casa da Melanie, todos os presentes ficaram estarrecidos, afinal, o Bewcastle raramente participava desses eventos. No primeiro dia, ele observou os outros convidados, que normalmente abaixavam o olhar quando ele encarava. Todavia, a Christine foi a única que sustentou seu olhar, e essa atitude, demonstrar que não tinha medo, despertou um certo interesse nele.
Ao longo dos dias, eles passaram a se conhecer melhor. Ele achava algumas atitudes da viúva um tanto inadequadas. Porém, das mulheres presentes, ela era a única com quem ele conseguia conversar sem cair no tédio.
Para a Sra. Derrick, o duque era muito arrogante e frio, apesar de ele sempre ajudá-la nas situações mais adversas em que ela se metia.
Leitores, admito que da série toda, este livro foi o melhor. O duque me lembrou muito o personagem Sr. Darcy, do livro “Orgulho e Preconceito”, da Jane Austen. As características são bastante parecidas. Gostei muito da Christine, apesar de alguns momentos eu quase implorar para ela fazer determinadas coisas, que obviamente não contarei aqui para vocês.
A Mary Balogh nasceu e foi criada no País de Gales. Ainda jovem, se mudou para o Canadá, onde planejava passar dois anos trabalhando como professora. Porém ela se apaixonou, casou e criou raízes definitivas do outro lado do Atlântico. Sempre sonhou ser escritora e tinha certeza de que, no dia em que escrevesse um livro, ele seria ambientado na Inglaterra do Período da Regência. Quando sua filha mais nova tinha 6 anos, Mary finalmente encontrou tempo para se dedicar ao antigo sonho. Depois de três meses escrevendo na mesa da cozinha, a primeira versão de sua obra de estreia estava pronta. Publicada em 1985, deu a Mary o prêmio da Romantic Times de autora revelação na categoria Período da Regência. Em 1988, depois de vinte anos de magistério, ela passou a se dedicar apenas aos livros.
O livro possui 22 capítulos, e é narrado de forma linear cronológica. Ele foi escrito em primeira pessoa, com ponto de vista alternado entre o Bewcastle e a Christine, que nos permite ver diferentes pontos de vista dos personagens.
Não conheço nenhum outro livro da autora, sem ser os desta série, publicados aqui no Brasil. Então, só me resta torcer para que alguma editora os publique, pois a escrita dela é muito boa.
Bibliografia da Mary Balogh (ordem cronológica):
Ligeiramente Perigosos
Livros:
  • Ligeiramente casados – Arqueiro (2014)
  • Ligeiramente maliciosos – Arqueiro (2015)
  • Ligeiramente escandalosos - Arqueiro (2015)
  • Ligeiramente seduzidos – Arqueiro (2016)
  • Ligeiramente pecaminosos – Arqueiro (2016)
  • Ligeiramente perigosos – Arqueiro (2017)

Gabriella Crivellente da Nóbrega

Vivo, sonho e respiro a literatura, seja ela nacional ou internacional. O que importa mesmo é viver.
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Comentários
7 Comentários

7 comentários :

  1. Olá !!
    Da série eu só li Ligeiramente Casados e gostei bastante. A escrita e autora é bem desenvolvida e fluida.
    Estou lendo Simplesmente Mágico da autora em e-book e estou gostando.

    Quero muito continuar a ler essa série.Ainda mais pela comparação do mocinho com o Mr. Darcy ❤❤

    Bj

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  2. Oi Gabi, tudo bem?
    Já ouvi falar super desta série, porém até o momento não li nenhum. Tenho andado um pouco irritada com os romances de época, porque acho que todos estão muito parecidos ultimamente, sempre trazendo os mesmos aspectos. Achei a premissa deste livro bem parecida com outros que tem por aí, mas antes de julgar, acho que seria melhor eu conferir e ver se eu gosto primeiro.
    Beijos

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  3. Oi Gabi,
    Estou sempre acompanhando resenhas de séries de romances de época que acho interessante e tenho lido muitas críticas positivas sobre Os Bedwyns e do quanto Ligeiramente Perigosos era o livro da série mais aguardado pelos fãs, o que me deixou extremamente curiosa para conhecer a escrita de Mary Balogh. Wulfric pode ser frio e fechado quando se trata de suas emoções, mas deve haver motivos que justifiquem seu jeito arrogante de ser. Já Christine pode ser o oposto dele, mas, com certeza, é quem ele precisa ter ao lado não só no amor, mas no companheirismo e amizade. A história dos dois, realmente, lembra Orgulho e Preconceito, tem alguns elementos clichês, mas não tenho dúvida de que é envolvente e emocionante.

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  4. Oi Gabi, Wulf foi me conquistando aos longo dos livros dos irmãos onde ele sempre aparecia em momentos importantes e quando chegou no livro do Alleyne e teve aquela cena linda dele abraçando o irmão já tava arriada e fiquei louca pra ler o livro dele e não me decepcionei em nada, amei essa história. Christine não poderia ser mais diferente ou mais perfeita pra descongelar nosso amado Duque e curti muito todas as cenas desse livro <3 Amei e acho que a série como um todo é muito boa :)

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  5. Oi, Gabi!!
    Sou apaixonada por romances de época mas infelizmente não consegui ainda ler nenhum dos livros dessa série, mas adorei a resenha e gosto muito dos livros da autora.
    Beijoss

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  6. Oi! Poxa, infelizmente mais uma dica que vou precisar deixar passar, não curto romances de época. Se um dia eu fosse ler provavelmente seguiria uma das suas indicações, mas no momento tenho outras prioridades (diminuir minha infinita lista de leituras kkkk). Sua resenha é sempre ótima! Beijos.

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  7. Não costumo ler livros de romance de época, acabei lendo livros que não me atraíram muito e fiquei com trauma, mas se o duque de Bewcastle lembra o Sr. Darcy, provavelmente esse livro vai ser o que me fará mudar de opinião sobre livros desse gênero, com certeza a indicação já está anotada e vou ler o livro assim que possível.
    Beijos!

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