Ficha
técnica:
Referência
bibliográfica: VINCENT, Rachel. Dezesseis.
1ª edição. São Paulo, Universo dos Livros, 2016. Tradução: Eloise De Vylder. 240
páginas.
Gênero: Ficção
científica, distopia
Temas: engenharia
genética
Categoria:
Literatura Estrangeira; Literatura Americana
Ano de lançamento:
2017 nos Estados Unidos da América e 2017 no Brasil
Série: Dezesseis (Livro 1)
“Eu não parei de pensar em você – ele
sussurra. Fico aliviada ao perceber que não sou a única assombrada pelo tempo
que passamos na escadaria. – Quando eu como, me pergunto se foi você quem
plantou a comida. Quando vejo uma flor, me pergunto se não é uma dália. Nada
mudou, que eu saiba, mas tudo parece diferente. É como se você estivesse no
canto da minha visão onde quer que eu vá, mas, quando eu me viro para olhar,
você nunca está lá.”
Dezesseis – Livro
1. (pág. 81)
Caros leitores, neste livro a autora nos apresenta a cidade
de Lakeview, que é dividida em cinco departamentos, cada um com atividades diferentes,
sendo eles: Departamento de Força de Trabalho – dividido nos setores de
trabalho profissional e trabalho braçal, considerado o maior da cidade –,
Departamento de Artes, Departamento de Especialidades, Departamento de Defesa e
o Departamento de Administração. Os cidadãos dessa cidade são clonados para
desempenharem funções específicas para o bem da cidade. Inclusive, eles possuem
os mesmos nomes, o que os diferenciam são os rostos e os números que acompanham
o nome. Sendo que todos os nascidos no mesmo ano possuem o mesmo rosto.
Desta forma, vamos conhecer a Dahlia 16 (no próximo
ano ela será Dahlia 17), estudante de agricultura hidropônica da Divisão de
Trabalho Profissional. Ela é uma das 5 mil clones (sim, é isso mesmo que você
leu!) que foram criadas com o mesmo objetivo: cultivar alimentos para todos os
moradores de Lakeview. Além disso, uma regra importante da cidade, que se
descumprida é passível de punição, é a de não confraternização entre os
departamentos, ou seja, uma pessoa não pode conversar com outra que não seja do
seu mesmo Departamento, a única interação permitida é a de saudações pré-determinadas
pela Administração ou alguma outra necessária para desempenhar uma tarefa
específica.
A Dahlia sempre se sentiu diferente das suas outras
“irmãs”, por conta dos sentimentos conflitantes que sentia, que, em tese, ela
não deveria ter por conta da configuração do seu genoma. Ela gostava de plantar
tomates e se orgulhava de ter as melhores e mais bonitas plantações da classe.
Contudo, infelizmente, esse tipo de sentimento não era adequado para o seu
perfil. Com isso, ela evitava mostrar a satisfação que sentia para não ter
problemas com a Administração.
Um belo dia, a nossa mocinha foi chamada para ir ao
Departamento de Administração, ela era uma das cotadas para assumir o cargo de
instrutora da sua seção quando se formasse, por conta do seu desempenho em
aula. Porém, quando ela estava no elevador, a energia do prédio desligou e,
consequentemente, o elevador travou. Para a sua infelicidade, ou não, o Trigger
17, um cadete das Forças Especiais, estava junto com ela. A Dahlia entrou em
pânico e não consegui respirar, e, com isso, apesar da regra da não
confraternização, o garoto contou uma história para acamá-la. Nem vou comentar
aqui que ele era lindo, diferente dos outros garotos da seção dela e que ambos
se sentiram atraídos.
Claro que ela tentou evitar ao máximo não transgredir
a regra de confraternização, que neste caso seria de conversar com ele, mas ao
passar do tempo, a Dahlia percebeu que começou a se acalmar e, por ele ser
diferente de todos os outros garotos, a curiosidade foi muito maior e ela cedeu
à conversa dele.
Ao longo dos dias eles passaram a se encontrar
ocasionalmente, mesmo com os todos os clones de ambos no mesmo espaço eles
conseguiam se identificar apenas pelo olhar, sem precisar olhar no nome no
uniforme.
Contudo, eles são descobertos e é aí que a história
deslancha e você começa a virar rapidamente as páginas para ver o que acontece.
Uma das melhores partes é quando a Dahlia percebe que nem todas as histórias
que ela ouvia quando criança são reais, e que, talvez, a Administração tenha
ocultado alguns pontos importantes da criação dos clones para alienar todos os
trabalhadores. Obviamente não contarei aqui para vocês.
A Rachel Vincent é autora best-seller do The New
York Times e conta com uma legião de fãs no Brasil, que se encantaram com a
série Shifter, sendo considerada referência no gênero fantasia para jovens. Ela
mora em Oklahoma, é bacharela em Inglês e tem uma imaginação hiperativa. Rachel
é mais velha do que parece e mais nova do que se sente, mas segue convencida de
que, para cada dia que passa escrevendo, um a mais é adicionado ao seu tempo de
vida.
Os 21 capítulos do livro foram narrados de forma
linear cronológica e em primeira pessoa, pelo ponto de vista da Dahlia. Os
capítulos são curtos e a escrita da autora é fluida, o que torna a leitura
agradável. O único ponto ruim da história foi a construção da relação entre a
Dahlia e o Trigger, que acho que poderia ter aprofundado mais.
Não consegui mais informações sobre a sequência do
livro, porém, vi que o próximo livro ainda não foi lançado no exterior. Então,
o que me resta é cruzar os dedos para que chegue aqui no Brasil o quanto
antes.
Bibliografia de RACHEL VINCENT (ordem cronológica):
Livros:
- Dezesseis – Universo dos Livros (2017)
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Eu já tinha visto a capa desse livro e me interessado bastante por ele mesmo sem conhecer a história.
ResponderExcluirAchei essa história super diferente e muito interessante, e já fiquei bem curiosa para saber mais desse enredo e desse romance da Dahlia 16 e do Trigger 17, e o que vai acontecer com eles depois que eles foram descobertos. O livro parece ser muito bom, só é uma pena que a construção da relação do casal não tenha sido muito boa, mas quero ler o livro mesmo assim :)
Beijos!
Olá, Rafaela, espero que no próximo livro a autora trabalhe mais essa relação dos dois ;)
ExcluirOi Gabi,
ResponderExcluirFaz tempo que não leio uma distopia e estava ansiando por uma recomendação de um livro do gênero. A necessidade de poder e de controle pode ser tão extrema que uma cidade habitada por clone é tida como a melhor opção. O diferencial desta trama esta na forma como os habitantes são retratados: como produtos criados para um trabalho específico, sendo desprovidos de uma convivência e uma vida normal. Dahlia 16 terá grandes desafios pela frente, pois serão muitas escolhas a serem feitas e dúvidas a serem esclarecidas, sem falar nas consequências que tudo isso pode gerar.
Olá, Gislane, é verdade, ela terá muitos desafios, até para poder se adaptar a uma outra realidade que não está acostumada ;)
ExcluirEssa trama sempre me intrigou. Confesso que ando meio distante de distopias justamente porque minhas leituras não estavam fluindo, mas fiquei contente quando você citou que a leitura dessa obra é fluída. De todo modo, achei esse universo que a autora criou muito instigante.
ResponderExcluirOlá, Mari, a escrita da autora é muito boa. Li o livro rapidamente.
ExcluirOi, Gabi!!
ResponderExcluirO livro parece ser bem interessante! Gostei muito da premissa e fiquei bem curiosa para saber mais sobre como a Dahlia e o Trigger e como que eles acabam se reconhecendo sempre, e também como eles vão enfrentar todo esse sistema.
Bjoss
Olá, Marta, é uma grande aventura desses dois, ao tentarem burlar o sistema ;)
ExcluirGabi!
ResponderExcluirTão bom ler um livro de ficção que parece crível, porque todo desenrolar da trama é bem escrita e fundamentada. E ainda traz uma protagonista que busca sua individualidade em um mundo que até então não sabia existis.
Quero poder ler.
Desejo um final de semana maravilhoso!!
“O primeiro passo para a cura é saber qual é a doença.” (Provérbio Latino)
Cheirinhos
Rudy
TOP COMENTARISTA DE SETEMBRO 3 livros, 3 ganhadores, participem.
Li esse livro e curti bastante a historia dele. Esse livro é maravilhoso. Adorei a distopia. adorei o enredo em si. Livro super indicado
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