Atirar? Não, prefiro ler.


Olá, leitores da Academia.
           Que tal começar o dia com uma bela reportagem? Trago para vocês os efeitos de um fantástico projeto de transformação social através da literatura. Confiram na reportagem abaixo:

Projeto faz troca de armas de brinquedo por livros infantis e gibis da Turma da Mônica em escola pública do Itapoã.


                Um policial a menos vai correr pelas ruas do Itapoã, pois Israel Lopes, 8, se desfez da arma de plástico que lhe dava emoção quando disparava atrás dos amigos ‘ladrões’ na brincadeira de estilo faroeste. “Eu gostava de ser policial, mas é errado ter arma. Gosto muito de ler gibi, é mais legal”, garantiu Israel, pouco depois de se despedir da arma que ele mesmo fez – “sozinho, sem a ajuda de ninguém”.
                Durante duas semanas, a Escolha Classe número 1 do Itapoã – onde Israel cursa o segundo ano do ensino fundamental – recebeu o projeto ‘Arma Não É Brinquedo... Dê livros’, da Sejus (Secretaria de Justiça do DF). Os alunos podiam trocar armas de brinquedo por gibis da Turma da Mônica e por livros infantis, que foram doados à pasta. A troca, contudo, não ficou restrita a quem tinha arminhas de brinquedo.
                Segundo a subsecretária de Proteção às Vítimas de Violência da Sejus, Valéria de Velasco, também foram recebidos e trocados por literatura cartazes com o tema paz, além de arminhas que alguns alunos fizeram com papel – o que surpreendeu a supervisora pedagoga da escola, Simone Bonomo. “Perguntei, para alguns deles: vem cá, você também saber fazer uma flor de papel? Me respondiam que não, que arminha era mais fácil. É a realidade deles, existe um convívio com a violência, mas nos esforçamos para construir outra realidade aqui”, ressalta Simone.
                Foram recolhidas na escola do Itapoã 13 arminhas de brinquedo e 138 armas de papel, além de 225 desenhos e dois cartazes. Ao todo, foram entregues aos alunos 378 peças de literatura, entre livros e gibis. A subsecretária observa que a resposta das crianças à campanha revela que há entre elas um ‘compromisso com a paz’. “Quem não tinha arma de brinquedo, deu outro jeito para receber o livro ou o gibi. Isso é um indicador muito positivo, as crianças querem ler, querem trocar a violência, pelo conhecimento”, comemora Valéria.
 
Foto reprodução: Metro DF

Desarmamento

              Em 2003, foi sancionada a lei 10.826/03, conhecida como Estatudo do Desarmamento. Entre outras determinações, essa lei proíbe o porte e comércio de armas sem registro. Dez anos depois, começou em Londrina, no Paraná, a campanha ‘Arma Não É Brinquedo... Dê Abraços’, uma iniciativa que reforçava a lei entre comerciantes locais.
              A ideia também chegou ao DF, mas com uma proposta diferente. “Decidimos fazer o projeto voltado para escolas públicas. As crianças aprendem mais rápido e é importante estimular nelas um comportamento pacífico. É um projeto único no país”, destaca Valéria. A escolha das escolas é feita pelo índice de criminalidade e violência das cidades. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, entre janeiro e agosto deste ano foram detidos no Itapoã 49 menores infratores, de um total de 89 criminosos detidos na região nesse período. No ano passado, o projeto passou por nove escolas de Ceilândia e, no total, foram recolhidas 724 armas de brinquedo. A meta da Sejus para os próximos anos é que o programa alcance todas as escolas públicas do DF.

         
              A Academia Literária DF parabeniza a bela iniciativa da SEJUS e aos estudantes das escolas que viram na leitura um porto seguro contra a violência. Com mais iniciativas como essa podemos fazer mais pelo futuro de nossas crianças.
                Viva a literatura.
Luciano Vellasco

Sou o cara que brinca de ser escritor e se diverte em ser leitor. Apaixonado por livros, fotografia e escrever. Jogador de rpg nos domingos livres, colecionador de Action Figures e Edições Limitadas de jogos. Cinéfilo, amante de series e animes. Estou sempre em busca de conhecer novas pessoas e aprender com cada uma delas e por último, mas não menos importante: um lendário sonhador.
Leia Mais sobre o autor

Comentários
2 Comentários

2 comentários :

  1. Nooossa, super curti esse projeto.. realmente eu como jornalista também já vi cada projeto bacana que tiravam as crianças/jovens da rua e davam para elas uma oportunidade.. isso transforma a vida desse pessoal de um jeito que a gente fica feliz só de poder divulgar a ação e claro.. ajudar para que outras pessoas contribuam. Beijos!

    Mutações Faíscantes da Porto

    ResponderExcluir
  2. Com certeza, Caroline! É muito importante essas ações sociais para o crescimento das crianças e jovens. ;)

    ResponderExcluir

Deixe o seu comentário!