ENTREVISTA: Cristiano Vogado

Olá, leitores da Academia!
Hoje trazemos para vocês a entrevista que fizemos com o nosso autor parceiro Cristiano Vogado, autor de O Coveiro de dias passados. Ele conta um pouco sobre sua vida pessoal e sua carreira como escritor.

Academia: Primeiramente, gostaríamos de agradecer sua atenção. Em suas palavras, quem é Cristiano Vogado?
Cristiano: Essa é uma pergunta complicada, pois temos que pensar no que é que define alguém. Profissionalmente, eu lancei o meu primeiro livro e tenho muita vontade de continuar seguindo esse caminho. Tentei o futebol e a música, mas me encontrei mesmo no mundo literário. Pessoalmente, eu sempre mantenho a mente aberta, procurando sempre aprender com as coisas a minha volta. Mas pra mim não basta apenas saber ouvir, também estou sempre disposto a dizer o que penso sobre algo.

Academia: O que te levou a trilhar o caminho da literatura?
Cristiano: Eu tive um pequeno dilema pouco antes de tomar essa decisão. O resultado do ENEM do ano passado saiu e eu consegui uma vaga para fazer faculdade. Eu sabia que seria muito complicado lançar um livro, fazer faculdade e trabalhar ao mesmo tempo, então me deparei com a questão: Eu vou atrás do meu sonho, ou sigo a minha ''garantia'' de um futuro? Bom, uma das conclusões que cheguei era que jamais me arrependeria de me tornar um escritor e correr atrás daquilo que eu mais queria na vida. Acredito que a melhor escolha é aquela da qual não se quer voltar no tempo para mudá-la.

Academia: Quais suas ambições e seus sonhos como escritor?
Cristiano: A minha maior ambição como escritor e na vida também, é conseguir construir uma carreira sólida com a literatura. Não só como autor de livros, mas traduzindo obras estrangeiras, lecionando em salas de aula, dando palestras, etc. Não consigo imaginar um futuro sem a literatura ao meu lado todos os dias.

Academia: Como escritor estreante, jovem e independente, quais foram as maiores dificuldades que você teve que enfrentar para atingir sua meta de publicar sua obra?
Cristiano: Eu não diria que tive uma grande dificuldade em publicar o meu livro, já que minha obra foi aceita pelas editoras logo de cara e eu tinha condição de arcar com os custos. A maior dificuldade que tive foi a de deixá-lo pronto. A capa foi refeita várias vezes e perdi a conta de quantas alterações eu fiz no miolo do livro durante o processo de editoração. 


Academia: Sua biografia diz que você “arriscou tudo para realizar o sonho de ser escritor”. O que você precisou arriscar para alcançar seu sonho?
Cristiano: Como disse anteriormente, tive a difícil decisão de escolher entre a faculdade e esse sonho. Pretendo fazer faculdade, claro, mas esse atraso pode atrair sérias consequências. Com os custos do livro, eu deixei de investir em coisas que fariam toda a diferença hoje em dia, como uma carteira de habilitação, o financiamento de um carro, viagens que sempre sonhei em fazer, dentre outras coisas.

Academia: Como está sendo a experiência? Qual está sendo o retorno dos leitores?
Cristiano: A experiência é realmente incrível. Os meus amigos, as pessoas a minha volta e até algumas que eu não conhecia, mas souberam da novidade, tiveram o prazer de vir me felicitar sobre a publicação do meu livro. A sensação de poder chegar em algum lugar que tenham leitores, participar de algum evento ou até estar em uma livraria ou biblioteca tendo a minha obra em mãos... não sei como explicar, mas o sentimento é tão aprazível que toma conta de mim, me fazendo sentir coisas que jamais senti antes. Alguns dos leitores que leram o livro, tiveram o prazer de entrar em contato comigo para dizer que gostaram muito do meu trabalho. Alguns até publicaram citações dele em suas redes sociais e uma até fez uma resenha para o seu blog na internet. Tive bons retornos, mas ainda estou no aguardo de críticas mais construtivas, mesmo que não sejam de tudo positivas.

Academia: Como foi o processo de criação do livro? Algum trecho mais complicado? De onde você tira inspiração para criar?
Cristiano: O livro nesse formato em que foi impresso levou cerca de um ano para ficar pronto. Cerca de oito meses escrevendo e quatro meses com o processo de editoração e os demais detalhes. O trecho mais complicado foi eu e a editora chegarmos na decisão final. Pois em cada revisão que eu fazia durante a preparação do livro, eu queria mudar ou adicionar alguma coisa. Não acho que eu crio exatamente uma história, não diretamente pelo menos. Tudo o que vejo é os acontecimentos na minha cabeça, e depois eu os coloco em palavras. Existe um mundo, e tudo o que faço é dizer o que acontece nele.

Academia: Seu livro de estreia, “O coveiro de dias passados”, é uma obra fechada ou parte de uma serie? Têm planos e ideias para outros livros?
Cristiano: Em "O Coveiro de dias passados", eu relatei o ponto de vista de um personagem no decorrer da história. Porém, a história não gira em torno desse personagem, a história abrange outros e pretendo colocar a perspectiva desses também. Até estou escrevendo outro livro sobre os mesmos, mas que fique claro que não é uma saga. Outros personagens de grande participação terão suas histórias contadas individualmente. Acredito que alguns personagens mereçam seu próprio livro e contar a própria história vista pelos seus próprios olhos. 

Academia: Como é o Cristiano leitor? Quais seus gêneros preferidos? E autores? Tem algum ídolo?
Cristiano: Eu não consigo de forma alguma, ficar sem literatura ao menos uma vez ao dia. Seja lendo livros, citações, biografias ou assistindo documentários, etc. Meus gêneros preferidos são de mistérios, como as obras de Stieg Larsson e Dan Brown; fantasia, como George R.R. Martin e J. R. R. Tolkien; Romances como os de Machado de Assis, ,Jane Austen, Shakespeare, etc. Sendo mais direto, eu gosto de uma leitura mais madura, qualquer que seja o gênero literário.

Academia: Para finalizar, gostaríamos de agradecer pela parceria e colaboração com a Academia. Deseja deixar um recado para os aspirantes a escritores? E para seus leitores?
Cristiano: Bom, para os aspirantes a escritores, eu gostaria de dizer que um sonho só é impossível, quando você decide não dar o primeiro passo. Sem a primeira causa, não existe movimento. Sem movimento, os seus sonhos não podem encontrar um caminho, pois ele vive encarcerado dentro de ti. O recado que eu gostaria de dar é para libertarem esse sonho. Deixá-lo tomar forma em suas palavras, em suas ações e no seu dia a dia. Mesmo que não chegue aonde quer chegar, você chegará em algum lugar. Chegando lá, uma nova conquista, uma nova história e uma nova lição. O medo de tentar não te faz seguir em frente, mas tentar, mesmo com medo, te coloca em movimento. Quando um sonho está em movimento, ele encontra um caminho e chegará a algum lugar. Cada passo no maravilhoso mundo da literatura é uma grande conquista, uma grande história e uma grande lição.
Para os leitores, agradeço o carinho com o qual fui recebido no meio literário, a ternura daqueles que já entraram em contato com a obra e vieram me felicitar sobre o meu trabalho. Desejo a todos felicidades, sorte na busca da realização dos seus sonhos e continue sempre com esse maravilhoso hábito da leitura, pois como dizia Voltaire: A leitura engrandece a alma. Fiquem em paz, agradeço a parceria com a Academia de Literária DF, a disponibilidade dessa entrevista e muitíssimo obrigado a você leitor, pela sua atenção e que está fazendo aos poucos, este sonho chegar cada vez mais longe. Obrigado!


Obrigado, Cristiano! A Academia Literária DF agradece sua participação, atenção e carinho dedicados a essa parceria. Sucesso na sua carreira.


Luciano Vellasco

Sou o cara que brinca de ser escritor e se diverte em ser leitor. Apaixonado por livros, fotografia e escrever. Jogador de rpg nos domingos livres, colecionador de Action Figures e Edições Limitadas de jogos. Cinéfilo, amante de series e animes. Estou sempre em busca de conhecer novas pessoas e aprender com cada uma delas e por último, mas não menos importante: um lendário sonhador.
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