Crítica construtiva – são críticas que podem ajudar o outro a refletir sobre algo. Seu principal objetivo é ajudar a pessoa a melhorar em algum aspecto e progredir. Nota: Esse tipo de crítica pode ser mal interpretada e algumas vezes entendida como ataque. A pessoa que recebe a crítica precisa estar disposto e receptivo para ouvir.
Crítica destrutiva – são críticas que ofendem, agridem ou denigrem a imagem de outro. Podem vir em forma de acusação e quem escuta/lê esse tipo de crítica costuma se sentir desqualificado e inferiorizado. Nota: Nem sempre uma pessoa que faz uma crítica destrutiva é uma pessoa má.
Vocês devem saber que, por mais que nos esforcemos para ser o mais sinceros, idôneos e respeitosos possível, nossa credibilidade como blogueiros é posta em xeque toda vez que publicamos uma resenha. Opiniões divergentes sempre vão existir.e sempre existem aqueles haters que adoram "causar". Se dizendo a verdade isso já acontece, imagina omitindo fatos. Massssssssssssss entenda que é importante saber o que você está escrevendo e avaliar uma obra não só pelo seu gosto pessoal, mas pela qualidade (ou falta dela) na narrativa em questão. E por falar em gosto pessoal, listei 3 situações que podem influenciar uma resenha “negativa”.
1- O livro não é meu gênero de leitura
Essa é bem comum: você pegou parceria com um autor que não escreve sobre o gênero que você, blogueiro, não gosta. Acontece. Exemplo pessoal: eu não gosto de romances. Sério, não consigo me identificar. Uma vez eu li um livro que tinha um romance "pesado" e toda aquela trama melosa não me descia e eu ainda achava a protagonista meio “blerg”. O que eu fiz? Dei o livro para minha colunista ler. Eu não tinha capacidade de escrever uma resenha daquele livro porque não era um gênero que eu curtia e aquilo provavelmente influenciaria minha resenha. E isso é um dos grandes problemas de blogueiros que aceitam “qualquer” parceria e de autores que não avaliam bem os blogueiros que querem para parcerias.
Entretanto, vejam bem, não estou dizendo que isso sempre acontece, só que acontece com alguma frequência. Podemos sim nos deliciar e surpreender com obras de gêneros que não lemos e até recomendo que façamos isso com alguma regularidade. “Mas você acabou de dizer que não lê romance!”. Eu disse que detesto romance, não que não leio. Quer um exemplo pessoal? Leiam a trilogia “A Caçadora” da autora Vivianne Fair. Nunca soltei tanto “affz” na minha vida (por conta da carga romântica da obra) e adorei a história. Tem resenha dos três volumes “aqui”.
Ah, esqueci de mencionar: minha colunista amou a história.
2- Não gostei do personagem tal
Outra bem comum. A pessoa detestou a obra por conta de um personagem, mas sua resenha se concentra unicamente em falar mal desse personagem, pois por algum motivo você não foi com a cara dele (Eu já li resenha assim). E o resto da história? Será que um único personagem (mesmo que seja o principal) é suficiente para derrubar toda uma história? Não tem pontos positivos? Ninguém para recomendar?
Na minha opinião todo livro deve ser lido. Alguém, em algum lugar do planeta vai se identificar com a história que você não gostou, tenho 99,9% de certeza. Pode falar que não gostou do personagem X? Claro! Mas tem de deixar claro que aquela é uma visão SUA e não generalizar. Às vezes você está desencorajando pessoas que poderiam estar amando aquela história a troco de uma opinião pessoal. Lembram-se do exemplo que dei acima? Do livro da Vivianne? Tem umas atitudes da Jéssica (a protagonista) que não curti muito e falei na resenha. E continuei gostando da obra. Foi só uma opinião pessoal que de forma alguma deve usar como argumento chave na resenha, afinal, um livro não é feito apenas de um personagem (por mais que as vezes tenha apenas um personagem na trama toda).
3- O livro tem sexo demais (coloque aqui outro tema, como violência)
Digamos que por algum motivo qualquer você, blogueiro, não gosta de narrativas de sexo em um livro. Mas que por alguma razão do destino você pegou um livro hot para ler (em razão de alguma parceria, talvez). No fim do livro você está puto(a) da vida porque o livro “só tem sexo”. Sua crítica se baseia no fato do autor(a) ter focado demais no sexo. E vamos supor que o foco do texto seja realmente esse. Entende que esse tipo de crítica não está refletindo no teor da obra e sim no seu gosto pessoal? É importante deixar claro que você não gostou porque esse é o seu gosto e não porque o livro é narrativamente mal construído nesse aspecto. E se for, deixei claro também sua opinião sobre as tais falhas.
Sou o cara que brinca de ser escritor e se diverte em ser leitor. Apaixonado por livros, fotografia e escrever. Jogador de rpg nos domingos livres, colecionador de Action Figures e Edições Limitadas de jogos. Cinéfilo, amante de series e animes. Estou sempre em busca de conhecer novas pessoas e aprender com cada uma delas e por último, mas não menos importante: um lendário sonhador.
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Depois de milênios, eu consegui vir aqui comentar essa postagem maravilhosa. Primeiro eu queria pedir desculpa pela minha demora.
ResponderExcluirJá tínhamos conversado, mas o que eu acho que falta em grande parte é a comunicação entre blogueiro e autor, porque aí, como você disse, quase metade da dor de cabeça seria evitada.
Também é importante que haja maturidade pelas duas partes: o autor, que pode reconhecer críticas consideradas construtivas e usá-las para melhorar os livros que escreve e a carreira; e o blogueiro, que com a experiência precisa aprender a ter o tato de separar o que é uma obra mal escrita e o que é uma obra que não se encaixa no gosto literário dele.
Por fim, obrigada pelas palavras e por ter levado a minha resposta no Instagram a sério, não achei que ela fosse frutificar tanto.
Luiza.